Os petroleiros do RS aprovaram em assembleias o indicativo da FUP para a paralisação de 24horas, a partir da zero hora desta sexta-feira, 10 de junho. A paralisação será pela retomada das mobilizações da categoria contra a entrega do Pré-Sal e a privatização da Petrobrás. Além disso, os petroleiros não concordam com a indicação de Pedro Parente para a presidência da empresa, visto que não atende as diretrizes de governança.

Para o presidente do Sindipetro, Maia, a posição da categoria petroleira contra a indicação de Pedro Parente  vai além de uma discussão política, será pela defesa da Petrobrás: "Somos contra a indicação deste senhor, considerando as diretrizes em relação a integridade pessoal, sendo ele um dos réus em ação judicial, que cobra responsabilidade pelos danos causados ao patrimônio da Petrobras e a União, enquanto foi Ministro de FHC, pela troca de ativos entre a Petrobrás e Repsol. Não há prejuízo, na indicação do seu nome? Entendemos que sim, ele está inabilitado para assumir tal função", disse o presidente dos petroleiros.

Ainda na sexta-feira, os trabalhadores irão aderir à Jornada Nacional de Mobilização convocada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que congregam movimentos populares, sindicais e estudantis de todo o país. Em Porto Alegre o Ato Fora Temer está previsto para às 17h, na Esquina Democrática.   

Realizada em todo país, a ação vai protestar contra o presidente golpista Michel Temer e contra os retrocessos já sinalizados nesse período de menos de um mês, desde que assumiu a presidência, após o afastamento ilegítimo da presidenta Dilma Rousseff. Reforma da previdência, retrocesso nos direitos dos trabalhadores, fim do fundo soberano e da lei da partilha no pré-sal, venda de ativos da Petrobrás, privatizações, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), Programa Universidade para Todos (PROUNI) e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), criminalização e perseguição dos movimentos sociais, são alguns das medidas que foram tomadas ou apontadas por Temer. 

Os petroleiros dizem NÃO aos entreguistas e aos golpistas. A paralisação desta sexta-feira será a primeira grande reação nacional do povo brasileiro ao governo ilegítimo de Michel Temer e ao seu projeto neoliberal de retirada de direitos, privatizações e desmonte do Estado.

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