Mar 28, 2024

Categoria mobilizada contra o desmonte da Petrobrás

 

Mesmo com a forte chuva dessa terça-feira (20), os petroleiros e as petroleiras, seguindo a orientação da FUP,  se mobilizaram nessa manhã em frente à Refap na luta contra o desmonte da Petrobrás, no dia em que a gestão golpista de Pedro Parente pretende paralisar a principal unidade de destilação da Rlam, a U-32. A medida abre caminho para a privatização da refinaria, que, assim como várias outras unidades da Petrobrás, está com a carga de produção muito abaixo de sua capacidade, em função da redução deliberada da participação da empresa no mercado nacional de derivados.

A U-32 produz óleo diesel, cujos estoques nacionais estão sendo substituídos pelos importados, fruto da política de precificação dos derivados que deixou o mercado brasileiro nas mãos da OPEP e vem fazendo a festa das empresas importadoras. Na Bahia, o volume de óleo diesel importado representava apenas 4% do total consumido em 2016. Hoje, já responde por 22%. A Rlam, que em 2014 processava mais de 300.000 barris diários de petróleo, hoje refina cerca de 190.000, o que representa 51% da sua capacidade instalada.

Na contramão da soberania

A gestão Pedro Parente jogou no lixo todo o esforço da Petrobrás de expandir o seu parque de refino e está tornando o país novamente dependente das importações. Em 2013, a nossa necessidade de importação de óleo diesel era de 15%. Atualmente, já beira os 26%. A própria ANP estima que o Brasil terá um déficit na importação de derivados de 1,1 milhão de barris por dia em 2030. A resistência da categoria petroleira é a única forma de preservarmos o que ainda resta do Sistema Petrobrás e garantirmos a soberania nacional e empregos para o povo brasileiro.

 

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